O grupo de trabalho se reunirá virtualmente nesta terça-feira para ouvir sobre o pedido que, se qualificado, começará a tramitar no Legislativo.
O pedido de acusação política contra Sommerfeld foi levantado pela deputada do movimento Revolução Cidadã (RC), Jhajaira Urresta, depois de o Governo de Daniel Noboa ter invadido a Embaixada do México nesta capital, no dia 5 de abril, para prender o antigo vice-presidente Jorge Glas.
O pedido de impeachment contra o chanceler equatoriano será conhecido antecipadamente depois que membros da assembleia do RC e do Partido Social Cristão (PSC) retirarem suas assinaturas para processar politicamente três ex-funcionários do governo de Guillermo Lasso.
Após instaurar o processo contra Sebastián Corral, ex-Secretário da Administração Pública; Andrea Montalvo, ex-secretário de Ensino Superior e Pablo Arosemena, ex-ministro da Economia, a Supervisão acelerou o processo para processar Sommerfeld.
Entretanto, Noboa defendeu o seu chanceler e acusou os membros da assembleia do RC, do PSC e da Construye de concordarem em “rebaixar” os julgamentos contra Arosemena, Corral e Montalvo para avançar a interpelação de Sommerfeld.
Para o presidente, trata-se de uma manobra que visa “acelerar o julgamento da mulher que teve que tomar decisões diplomáticas que ninguém mais teria ousado: Gabriela Sommerfeld”.
O ministro também falou na rede social X e agradeceu a confiança de Noboa, que “a obriga a não tremer” e a “seguir em frente sem medo”.
O chanceler Sommerfeld tem sido questionado por grupos políticos da Assembleia devido à crise com o México, país que rompeu relações diplomáticas após o assalto à sede da sua embaixada, em 5 de abril, para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, que encontrou refúgio na legação.
Nos últimos dias, Noboa e a Assembleia tiveram confrontos, ainda neste sábado o presidente atacou os parlamentares pelo processo de aplicação das reformas derivadas da consulta popular, incluindo o aumento das penas para crimes ligados ao crime organizado.
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