O Fundo para o Desenvolvimento do Reino da Arábia Saudita emprestou 83 milhões num acordo que foi assinado por responsáveis daquele país, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Comissão Executiva Hidroelétrica do Rio Lempa (CEL) e o Ministério das Finanças.
Conforme estabelecido, a Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa receberá na próxima segunda-feira, para estudo, o pedido de aprovação do empréstimo saudita para instalação de uma central de geração de energia elétrica a biogás que ficará localizada no rio Urbina, afluente do rio Acelhuate, em São Salvador.
O pedido de homologação do empréstimo foi feito pelo Ministro da Fazenda, Jerson Posada Molina, no dia 28 de junho, à Assembleia Legislativa e repassado à Comissão de Finanças.
Segundo os planos, o projeto estaria localizado entre Ciudad Delgado e Cuscatancingo com o objetivo de tratar 70% das águas residuais da região metropolitana de San Salvador e utilizar o biogás para gerar eletricidade.
Do lado salvadorenho, a CEL ficará a cargo do projeto para o qual contribuirá com 15,25 milhões de dólares num total de 98,4 milhões em que está estimado o investimento.
A usina teria potência inicial de 5,43 megawatts que obteria uma geração total de 2,9 megawatts de energia elétrica a partir do biogás que alimentará os geradores.
Entretanto, nos últimos dias tem sido motivo de polémica um plano governamental de introdução da energia nuclear na produção de eletricidade, pelo que a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que é criticada por opositores do partido Arena alegando falta de estudos técnicos, económicos e ambientais sobre o impacto da utilização desse tipo de energia.
A lei de implementação da energia nuclear foi aprovada esta terça-feira com 54 votos a favor.
A chefe do partido Arena, Marcela Villatoro, disse que se trata de um assunto bastante delicado porque “não sabemos que tipo de materiais ou o que podem fazer à saúde das famílias salvadorenhas”.
Ela criticou que o projeto não estabelece os perfis ou qualificações que as pessoas devem reunir para ocupar um cargo dentro da organização para implementação.
Villatoro, isso é um problema porque “vai provocar gastos públicos com tantas prioridades que o país necessita neste momento”.
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