23 de February de 2025

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Trabalhadores petrolíferos equatorianos contra privatização do sector

Trabalhadores petrolíferos equatorianos contra privatização do sector

Quito, 5 jul (Prensa Latina) A Associação de Trabalhadores de Empresas Energéticas e Petrolíferas (Antep) rejeitou hoje as intenções do governo do presidente Daniel Noboa de privatizar os campos petrolíferos, um sector que procura aumentar a produção.

Em comunicado, a Antep afirma ter demonstrado com cálculos como a “aliança público-privada” no campo de Auca gerou menos 3 mil milhões e meio de dólares de receitas para o Estado em seis anos.

O sindicato critica as recentes declarações do ministro dos Transportes e Obras Públicas, Roberto Luque, que até há poucos dias estava à frente do Ministério da Energia e Minas.

Em entrevista a um meio de comunicação local, Luque citou problemas com o Vice-Ministério de Hidrocarbonetos por não encontrar ninguém que se alinhe com a posição do governo para iniciar a licitação de campos de gás e petróleo.

A teimosia em manter uma posição ideológica sem apoio material e matemático é preocupante (…) Será que esta posição de entregar os campos de produção ao sector privado se tem revelado repetidamente prejudicial aos interesses do Estado?

A organização alerta para o facto de o governo estar a planear a privatização do campo de Sacha, localizado na província amazónica de Orellana e considerado a “joia da coroa”.

Os deputados manifestaram-se ainda contra o facto de infra-estruturas petrolíferas fundamentais, como o Oleoduto de Crude Pesado (OCP), continuarem em mãos privadas, apesar de deverem passar para o Estado em janeiro de 2024, o que significa que os cofres fiscais perdem 125 milhões por ano “sem qualquer justificação”.

A OCP retomou as operações no dia anterior, após uma paragem desde 17 de junho devido a problemas numa secção do oleoduto afetada pela erosão do rio Coca.

A atual crise económica pode agravar-se com a entrega destas infra-estruturas e campos a empresas privadas, o que minimizaria o rendimento da produção petrolífera, enquanto, por outro lado, aumentaria o preço dos combustíveis, justificando-o com necessidades fiscais, alertou o coletivo.

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