O texto confirma o consenso dentro do mais alto órgão de manutenção da paz do mundo para ajudar na crise no país caribenho, embora o trabalho do Binuh não esteja relacionado com a Missão Multinacional de Apoio à Segurança liderada pelo Quênia.
A chefe da Missão, Maria Isabel Salvador, saudou os claros indícios de progresso no país em uma recente reunião do Conselho, saudando o envio das primeiras tropas quenianas e a formação do Conselho de Transição.
Durante uma reunião no início deste mês, ela disse que a Binuh estava reajustando suas prioridades para apoiar uma transição liderada pelos haitianos.
Isso, assim como o plano delineado, inclui eleições confiáveis, inclusivas e participativas, com o objetivo de instalar o executivo eleito até fevereiro de 2026.
Salvador elogiou os esforços das autoridades de transição para aumentar a participação de mulheres e outras minorias nos principais cargos do governo, observando que seis dos 18 ministérios agora são chefiados por mulheres.
Em sua opinião, a inclusão e a diversidade são essenciais para promover uma transição política que prepare o caminho para o restabelecimento das instituições do Estado haitiano e que responda efetivamente às necessidades e expectativas.
“Aumentar a participação de mulheres e jovens é um pilar fundamental da estratégia renovada da Missão no Haiti para apoiar o processo político”, enfatizou.
No entanto, a crise de violência persiste no país semanas após a chegada das primeiras tropas quenianas da Missão Multinacional de Apoio à Segurança.
Somente entre janeiro e maio de 2024, a Missão da ONU no Haiti registrou 3.252 homicídios, em comparação com 2.453 entre agosto e dezembro de 2023.
Esses foram perpetrados principalmente por membros de gangues que operam na área metropolitana de Porto Príncipe e no departamento de Artibonite.
Em todo o país, estima-se que 5,5 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária e quase 600.000 pessoas – mais da metade delas crianças – estão deslocadas internamente e precisam de apoio urgente.
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