Tomaremos Durán em nossas mãos e a devolveremos aos verdadeiros e únicos donos, as famílias de Durán”, disse Noboa em sua chegada à cidade costeira, considerada uma das mais perigosas do mundo.
Noboa também disse que uma operação policial na manhã de hoje desmantelou um “escritório paralelo da prefeitura” de Durán, envolvido em tráfico de terras e negócios ilícitos.
Não se surpreenda se o que está por vir for drástico. Estejam preparados, porque as máfias estão com os dias contados”, acrescentou.
Nesse território, gangues criminosas, como os Chone Killers e os Latin Kings, dividem os bairros, impõem regras de conduta e governança criminal, de acordo com o portal on-line Primicias.
Na terça-feira, cerca de 150 policiais realizaram operações em bairros desse município com altos índices de criminalidade, verificando carros e a identidade de quem viaja em veículos leves, motocicletas e ônibus.
O prefeito de Durán, Luis Chonillo, disse que esse território “é apenas a ponta do iceberg e espera que essas decisões sejam acompanhadas não apenas de ações para mostrar à mídia e às redes, mas também de políticas públicas claras que vejam o problema em sua raiz e busquem recuperar o tecido social”.
Com cerca de 300.000 habitantes e separada de Guayaquil pelo rio Guayas, Durán é um dos epicentros da violência no Equador e, em 2023, a taxa de mortes violentas foi de 145 para cada 100.000 habitantes, o que a torna uma das cidades mais violentas do mundo.
Na semana passada, o Equador completou seis meses desde a declaração de conflito armado interno, uma medida com a qual Noboa decidiu enfrentar o crime organizado.
Ao mesmo tempo, as sete províncias consideradas as mais violentas, incluindo Guayas, estão em estado de emergência, e foram registrados assassinatos em algumas delas neste fim de semana.
No entanto, as autoridades do chamado Bloco de Segurança informaram no dia anterior que os homicídios diminuíram 18% em nível nacional este ano.
ro/nta/mb