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Nos EUA, Biden retorna à Casa Branca

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Nos EUA, Biden retorna à Casa Branca

Washington, 23 jul (Prensa Latina) O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retornará hoje à Casa Branca depois de quase uma semana após ter sido diagnosticado com Covid-19 enquanto participava de sua campanha em Las Vegas antes de sua renúncia a corrida ao cargo.

A Casa Branca publicou a atualização do Dr. Kevin O’Connor, médico de Biden, que disse que o presidente não apresenta sintomas da doença e que todos os seus parâmetros estão normais.

Durante uma visita ontem à equipe de campanha democrata em Wilmington, Delaware, a vice-presidente Kamala Harris referiu-se aos obstáculos da corrida que ela descreveu como “uma montanha-russa”.

Harris reiterou que ama Biden e no meio de seu discurso o presidente fez um telefonema com o qual quebrou o silêncio que o cercava desde que se isolou em Delaware.

O ocupante da Sala Oval afirmou que mesmo não concorrendo, continuará totalmente empenhado na campanha e afirmou que nos seis meses que lhe restam na presidência está “determinado a fazer tudo o que puder, tanto na política externa como na politica domestica.”

Referindo-se à suspensão da corrida, disse: “Sei que a notícia de ontem foi surpreendente e difícil para vocês ouvirem, mas foi a coisa certa a fazer” e sublinhou que “o nome mudou no topo da lista, mas a missão não mudou”.

Quando Biden começou a considerar se deveria se aposentar, estava a caminho de tomar uma das decisões mais difíceis de sua carreira política de 50 anos, segundo relatos da imprensa local.

O discurso de Harris em Wilmington, Delaware, seguiu-se a um período agitado de 24 horas em que os democratas se uniram em torno da candidatura do ex-procurador-geral e senador da Califórnia.

Embora alguns defendam um processo de seleção aberto, se esta tendência continuar, Harris parece caminhar para a nomeação do partido na Convenção Nacional Democrata, marcada para 19 e 22 de agosto em Chicago, Illinois.

Esta segunda-feira recebeu o apoio da ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e obteve também o apoio dos governadores Andy Beshear (Kentucky), Gavin Newsom (Califórnia) e Josh Shapiro (Pensilvânia), que eliminaram assim as especulações de que poderiam desafiá-la na convenção.

A saída de Biden da campanha eleitoral foi precipitada pelo seu fraco desempenho no debate presidencial com o seu então rival Donald Trump, o que levantou dúvidas sobre a sua capacidade de enfrentar o republicano em novembro.

Os eleitores democratas inundaram a campanha nascente de Harris com doações, arrecadando mais de 80 milhões de dólares nas últimas 48 horas, sugerindo que o dinheiro não será uma das suas dificuldades na campanha dela contra Trump.

arc/dfm/ls

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