As informações divulgadas pela Casa da Presidência nos Acordos de Livre Comércio regulamentam as tarifas.
Bukele estimou na véspera que a medida gerará “ao mesmo tempo mais concorrência internacional e mais produção local”, embora a ideia seja criticada por produtores, economistas e políticos da oposição que acreditam que incentivará a importação de alimentos em detrimento da produção nacional.
Este país importa 90 por cento de leguminosas, vegetais e frutas, bem como grande parte de cereais, óleos, leite, carnes, produtos enlatados e grãos básicos como feijão, entre outros.
Na tentativa de conter a escalada de preços, o presidente criou mercados agrícolas para evitar a alta dos preços e o trabalho do que chamou de “máfias” que encarecem os produtos.
No entanto, os críticos sustentam que a falta de políticas e o abandono da agricultura é o que mais impacta no aumento dos preços da cesta básica (CBA), segundo dados oficiais.
O CBA urbano bateu um recorde em junho, depois de ultrapassar os 262 dólares pela primeira vez, informou o Gabinete Nacional de Estatísticas e Censos (Onec).
As opiniões e análises de economistas e políticos sobre esta situação são diversas. Por exemplo, a dependência de vegetais, carnes e outros produtos importados de países como Guatemala, Honduras, Nicarágua e Estados Unidos faz com que os preços flutuem com frequência, sem falar na pilhagem de intermediários e vendedores.
Uma avaliação sobre a questão dos preços, publicada na Revista Disruptiva da Universidade Francisco Gavidia, e subscrita pelo académico Óscar Picardo, estimou que esta política está a colocar “a carroça à frente dos bois”, algo que tenta “refletir uma Decisão errada.”
Talvez a melhor solução – disse – fosse apoiar o setor agrícola que sempre esteve abandonado; fornecer-lhes insumos agrícolas isentos de impostos; apoiá-los nas cadeias logísticas, reduzindo os intermediários – que são os que mais ganham; prestar-lhes assistência técnica para melhorar os seus sistemas de produção; entre outras medidas.
mem/lb / fav