Faltam dois países da UE para chegar a um consenso sobre a utilização dos lucros decorrentes da retenção nos bancos de cerca de 300 bilhões de dólares do BCR, disse o chefe da diplomacia polaca, Rodoslav Sikorsky, citado pela estação de rádio RMF24.
O chanceler deste país revelou que abordou a questão dos fundos congelados com o seu homólogo francês, Stéphane Séjourné, durante uma recente reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.
O Canadá, os Estados Unidos, o Japão e a UE retêm ativos do BCR, incluindo quase seis bilhões de dólares em solo norte-americano, enquanto 210 bilhões estão depositados no banco Euroclear na Bélgica.
Várias nações europeias propuseram na altura a utilização de dividendos do dinheiro russo congelado para financiar o rearmamento da Ucrânia, algo rejeitado por Moscou, que ameaça aplicar medidas de resposta dolorosas.
A Rússia alerta também que tal ação criaria um precedente desastroso para o sistema financeiro internacional, uma vez que muitos países, especialmente os em desenvolvimento, mantêm os seus ativos em bancos ocidentais, dada a sua elevada fiabilidade, o que seria agora posto em causa.
Apesar disso, os principais líderes do grupo dos sete países mais industrializados (França, Estados Unidos, Japão, Canadá, Itália, Reino Unido e Alemanha) concordaram em destinar 50 bilhões de dólares à compra de armas à Ucrânia, a partir de fundos retidos.
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