Com isso, Ruano Oliva conquistou a primeira medalha de ouro para a nação centro-americana, que na história dos Jogos Olímpicos havia conquistado apenas duas outras medalhas, uma de prata e outra de bronze.
Chapina, de 29 anos, superou o recorde atual, de Zuzana Rehak Stefecekova, da Eslováquia, que datava de 28 de julho de 2021 (Tóquio 2020) e era de 43 pontos.
O recorde mundial, detido pela americana Ashley Carroll, é de 48 unidades, estabelecido em 2018.
Com o arremesso de quarta-feira, a guatemalteca deixou a italiana Maria Silvana Stanco (40 pontos) com a medalha de prata e a australiana Penny Smith (32) com o bronze.
Ruano Oliva, reconhecida por seu trabalho árduo, esforço e perseverança, é a primeira mulher na disciplina de tiro na história da Guatemala a se classificar para os Jogos Olímpicos.
Nascida em 26 de junho de 1995, ela se envolveu com esportes desde muito cedo, embora tenha começado a praticar balé aos três anos de idade, uma paixão que mais tarde compartilhou com a ginástica artística.
Aos quatro anos de idade, ela descobriu que queria ser ginasta e atleta olímpica, depois de conhecer Luisa Fernanda Portocarrero, uma praticante dessa modalidade.
Adriana passou a treinar com a Federação Nacional de Ginástica da Guatemala e, aos oito anos de idade, já fazia parte da equipe nacional, mas aos 16 anos sofreu uma lesão na coluna que a impediu de participar do torneio nacional de qualificação para Londres 2012.
Sem poder voltar à ginástica, suas chances de participar de um evento de verão diminuíram, mas no final de 2012 ela foi convidada a começar a atirar com armas de caça.
Em 2013, ela começou a praticar essa disciplina e, depois de muito treinamento e aperfeiçoamento, obteve o passe que tanto desejava ao se classificar para Tóquio 2020, onde terminou em 26º lugar.
Em 2021, terminou como a melhor latino-americana no ranking mundial feminino e agora, em Paris, acaba de fazer história.
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