Em entrevista à Rádio 10, Aguiar disse que o protesto dará início à segunda etapa da resistência ao governo de Javier Milei e ocorrerá no dia de San Cayetano, o santo padroeiro do pão e do trabalho.
“Temos um país diferente do ano passado. A vida das pessoas foi destruída. O executivo não tem mais desculpas. Eles disseram que a oposição não queria que eles votassem a favor dos projetos no Congresso, mas a Lei de Bases já foi aprovada e o decreto de necessidade e urgência 70/23 está em vigor. No entanto, eles estão exacerbando a crise”, disse ele.
De uma recessão passamos para uma depressão econômica, a queda é mais profunda e mais persistente. Há 55% de pobreza e 17% de indigência. Em sete meses, 178.000 empregos foram destruídos e a maioria dos argentinos está endividada. As vendas caíram e os remédios não podem ser comprados. No Estado, agências estão sendo fechadas e estamos sendo demitidos, denunciou.
O líder sindical afirmou que, por essas razões, a nova greve nacional será convocada “para quebrar a calma tensa existente”.
As pessoas percebem que a destruição do Estado proposta pelo presidente é a destruição de todos. Eles fecham agências, mas alocam 100 bilhões de pesos (cerca de 100 milhões de dólares) para a Secretaria de Inteligência e Segurança. A ministra Patricia Bullrich aparece com uma polícia do pensamento, voltada para o espaço cibernético. Eles querem criar um Big Brother na Argentina para nos espionar e perseguir aqueles que pensam de forma diferente, disse ele.
Há um modelo repressivo. Tivemos de sofrer com gás lacrimogêneo e balas de borracha, e há companheiros que ainda estão presos. Estamos em um país onde os trabalhadores e os aposentados não têm uma vida digna, mas sim repressão, acrescentou.
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