Peet Wessels era conhecida por pintar moinhos de vento, mas decidiu ir mais longe e tornou-se moleira, com mais de 100 imagens alusivas expostas na sua casa.
“Não sou fã”, brincou Wessels, segundo o site da Rádio Metrópolis.
Ela declarou que não chamaria isso de obsessão, mas com esse impulso produtivo fica clara sua grande admiração, já que as paredes de sua casa praticamente giram como se essas grandes máquinas esmagassem bagaço até transformá-lo em tecidos coloridos, notou o site.
Agora Wessels treina para se tornar um verdadeiro moleiro, um operador de moinho de vento, e se junta a um número crescente de mulheres no que antes era visto como um mundo masculino.
Engenheira química de formação, Wessels indicou que sempre se interessou por moinhos de vento e como eles funcionavam; um dia, ela estava passando de bicicleta por um deles quando uma ideia lhe ocorreu.
Eu disse ao operador que queria fazer algo com moinhos de vento e pintá-los, ele narrou, e foi aí que me mostrou a tela de tecido usada nas asas gigantes e foi assim que nasceu a inspiração.
Sua formação em engenharia química foi útil, ajudando-a a encontrar a maneira certa de tratar o tecido para mostrar tanto a pintura quanto o processo natural de envelhecimento dos tecidos.
A tecelagem e a pintura tinham que trabalhar juntas, disse ela. Duas de suas pinturas favoritas agora estão penduradas em sua cozinha: uma chamada “Céus Holandeses” e a outra “Paisagem Holandesa”.
Ambos foram pintados na tela do moinho Overwaard 7 de 1740 em Kinderdijk, Patrimônio Mundial da UNESCO por seus 19 moinhos icônicos.
Wessels pintou quase todos os moinhos de vento famosos da Holanda, incluindo um chamado De Kat, ao norte desta capital, o último a usar a energia eólica para produzir pigmentos de tinta, observou o site.
Quase todos os moleiros me conhecem e me ajudam com as telas para continuar criando minhas pinturas, mas agora com um novo incentivo: manter os moinhos, conhecê-los e colocá-los em funcionamento, isso me inspira, concluiu o artista.
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