Falando à imprensa depois de conversar com o presidente angolano João Lourenço, o chefe de governo transmitiu “um caloroso abraço do povo irmão de Cuba ao povo angolano”, e saudações especiais em nome do líder da Revolução, General de Exército Raúl Castro, e do presidente Miguel Díaz-Canel.
Marrero destacou a cordialidade da audiência com Lourenço, que trocou sentimentos de amizade com a delegação, em particular com o General do Corpo do Exército e Herói da República de Cuba, Ramón Espinosa.
Espinosa foi um dos principais líderes militares das tropas cubanas que lutaram em defesa da soberania de Angola e foi companheiro de armas do presidente angolano.
O primeiro-ministro cubano disse que, durante a reunião, eles fizeram um balanço das relações entre os dois países, tanto política quanto econômica e comercialmente.
Ele compartilhou o anúncio feito pelo chefe de Estado sobre a inauguração, em 11 de outubro, de um hospital que levará o nome do primeiro chefe da missão militar cubana em Angola, o comandante Raúl Díaz Argüelles.
Marrero garantiu que haverá uma delegação cubana na inauguração e agradeceu o gesto, que é motivo de honra.
“Viemos com um amplo programa de trabalho destinado a fortalecer os laços de amizade e cooperação entre nossos países, que são históricos. A história nos uniu para a eternidade”, explicou o chefe de governo cubano.
Ele acrescentou que a agenda inclui reuniões com empresários angolanos, com o objetivo de identificar possíveis áreas para aumentar a cooperação atual, bem como intercâmbios com grupos de solidariedade com a ilha, residentes cubanos e trabalhadores humanitários que trabalham no país. Ele disse que Cuba está passando por momentos difíceis devido ao bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, mas que continua na luta e na resistência com a certeza de alcançar a vitória.
Ele observou que, mesmo em meio a essas dificuldades, a nação caribenha continua colaborando com outras nações, especialmente nas áreas de saúde e educação, e ressaltou que Cuba não dá o que tem de sobra, mas compartilha o que tem.
“Sempre estaremos ao lado do povo angolano, muitas vidas e muito sangue foram derramados nestas terras não só por Angola, mas pela África, pela eliminação do apartheid e pela conquista da liberdade e da igualdade para todos os povos deste continente”, lembrou Marrero.
O primeiro-ministro também estava acompanhado pelo diretor geral do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Pereira; pelo presidente da corporação Antex, Carlos Martínez, e pelo embaixador da ilha no país, Oscar León.
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