Em entrevista ao Diário de CentroAmérica local, o presidente da Associação Nacional do grão aromático, José Tulio González, descartou efeitos climáticos nas lavouras, com base em pesquisas realizadas, frisou.

“Os departamentos mais importantes são Santa Rosa, Alta Verapaz, Chiquimula, Chimaltenango, Guatemala, Jalapa, Jutiapa, San Marcos e Sololá”, acrescentou.

A cultura, segundo relatos, está presente nas 22 demarcações, em 204 dos 340 municípios (60 por cento), o equivalente a 2,8 por cento deste território.

Questionado sobre as mudanças no mercado, González afirmou que o país tem muitos clientes, chega a um destino, mas de lá é reexportado para outro, disse.

Nos nossos registros, disse, 41 por cento vão para os Estados Unidos, oito para o Canadá, 22 para a Ásia, o Japão é o nosso maior comprador, enquanto 22 por cento são enviados para a Europa, explicou o executivo.

Relativamente às exportações para a China, explicou que a última colheita foi de dois por cento do total e mantêm a afirmação desde maio passado, em consequência da alegada retenção de vários contentores nos seus portos.

Trabalhamos em estreita colaboração com as autoridades guatemaltecas, estamos avaliando todos os possíveis casos que possamos ter, vendo que medidas podem ser tomadas e esperamos que seja resolvido em breve, enfatizou.

Segundo dados do presidente da Associação Nacional do Café, a produção contribui com receitas entre 800 e 1 bilhão de dólares.

Os mercados apresentam alguma volatilidade e têm variado desde o ano passado com um aumento de preços na faixa dos 220 a 240 dólares, afirmou.

Em termos gerais é algo complexo, não se pode prever que os valores se mantenham no final do ano; podem mudar de um momento para o outro, considerou González.

Além disso, acrescentou, depende se surgir algum problema específico em países com grandes produções como o Brasil, onde há dois anos uma geada afetou parte das suas colheitas, ao que o mercado reagiu e aumentou o preço.

De 2012 a 2023, a Guatemala atingiu 47 milhões de quintais de café e as receitas cambiais das suas exportações ultrapassaram 8.500 milhões de dólares.

Os analistas destacam a qualidade do grão Chapín e que, dada a sua proximidade com os Estados Unidos, pode competir com um preço melhor que o do Brasil, Vietnã e Tailândia.

O Banco da Guatemala coloca os artigos de vestuário e o café como líderes em vendas no exterior, seguidos pelas gorduras e óleos comestíveis, banana e açúcar.

jha/znc / fav