Segundo relatório do Ministério da Segurança (Minseg), o chefe dessa pasta, Frank Ábrego; e seu homólogo colombiano, Alexis Ábrego, testemunharam a assinatura desse acordo nas instalações de inteligência policial do país vizinho.
A autoridade panamenha esteve acompanhada pelo diretor do Serviço Nacional de Fronteiras (Senafront), Jorge Gobea; e o diretor da Polícia Nacional, Jaime Fernández.
O acordo surge um mês depois do novo presidente panamenho, José Raúl Mulino, anunciar medidas como o encerramento de vários desfiladeiros na selva e assinar um pacto com os Estados Unidos para iniciar a deportação de caminhantes para os seus países de origem.
Segundo o Minseg, muitos viajantes ilegais não possuem documentos de identificação, pelo que tiveram que recorrer a métodos alternativos, como as suas impressões digitais, para registar pessoas ligadas a diversos crimes, incluindo terrorismo, que não foram identificadas pelas autoridades colombianas à sua disposição pelo país sul-americano.
Ábrego indicou no mês passado que notificaria Bogotá sobre a implementação de uma rota segura para a passagem de migrantes, com o objetivo de protegê-los de qualquer tipo de agressão, ao mesmo tempo que esclareceu que não havia posto migratório binacional na zona fronteiriça.
Esforços para conseguir uma melhor coordenação entre as pessoas que saem da Colômbia e entram no Panamá estão em andamento desde a administração do presidente Laurentino Cortizo (2019-2024), mas sem os resultados esperados, acrescenta o jornal.
As estatísticas da Senafront indicam que dos mais de 200 mil viajantes ilegais que viajaram pela selva até agora este ano, uma elevada percentagem viaja sem documentos.
Apesar dos perigos naturais que colocam vidas em risco e do assédio de grupos criminosos, em 2023 mais de 520 mil migrantes irregulares atravessaram a selva, 20% deles crianças.
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