Este é o sentimento que acompanha a ganhadora do Prêmio Nacional de Literatura 2001, cujas palavras foram ecoadas por colegas e admiradores que lhe dedicaram uma merecida homenagem na véspera na Sala Villena da União de Escritores e Artistas de Cuba (Uneac). nesta capital.
Sou apaixonado por escrever, nunca paro de criar, recebo inspiração, mas minha escrita não depende disso, mesmo com a visão não me acompanhando sempre sinto necessidade de escrever algo e agora estou focado na minha autobiografia, disse ele.
A obra desta autora, tocada pela sua admiração pelo Poeta Nacional Nicolás Guillén, defende o que nos identifica como cubanos, como declarou na noite, que contou com a presença, entre destacados artistas e intelectuais, do poeta e etnólogo Miguel Barnet, Presidente de Honra da Uneac.
Admiro não apenas as qualidades de Nancy como escritora, mas também como pessoa. Tem sido uma relação de total cumplicidade, o seu ponto de vista, o seu amor pela nossa cultura e pelos nossos valores, destacou o eminente escritor.
Em declarações exclusivas à Prensa Latina, a respeito de sua visita aos Estados Unidos para participar de um evento acadêmico na Universidade de Missouri e de um festival de poesia em Chicago, Illinois; Morejón ofereceu uma prévia de suas memórias, que se intitularão alambre dulce e Gallo pinto.
Na capital americana também se encantou com seus textos e gravou 12 obras que exaltaram seu acervo poético presente no Arquivo de Literatura Hispânica em Fita da Biblioteca do Congresso da nação nortenha.
Nancy Morejón formou-se em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de Havana em 1966 e é membro titular da Academia Cubana de Línguas desde 1999.
Possui inúmeros prêmios e reconhecimentos graças ao seu virtuosismo com a palavra escrita, o que também lhe permitiu difundir e compartilhar sua arte em outras terras.
Ela é aquela voz literária que seduz como uma bela sinfonia, aquela que nunca morre, habita eternamente no prazer de um universo tão extraordinário quanto o seu engenho.
mem/amr / fav