Às 11h02, hora local exata da explosão, foi observado um minuto de silêncio e em seguida foram feitas oferendas de flores e água em memória dos falecidos e sobreviventes.
Muitos deles, no dia 9 de agosto e nos dias seguintes, pediram desesperadamente água para matar a sede gerada por tantas queimaduras internas e externas, daí o líquido vital se tornar um símbolo deste triste momento.
Aproximadamente 70 mil japoneses perderam a vida em Nagasaki imediatamente após a explosão, mas centenas de milhares de residentes (a maioria deles mulheres e crianças) morreram posteriormente como resultado da radiação.
Três dias antes, em 6 de agosto de 1945, na cidade de Hiroshima, ocorreram horrores e consequências semelhantes.
Por esta razão, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, comprometeu-se a liderar os esforços internacionais para promover o desarmamento nuclear, para que Hisroshima e Nagasaki continuem a ser as duas únicas cidades do mundo a sofrer esta tragédia.
A cerimônia desta sexta aconteceu em frente à Estátua da Paz, localizada próximo ao hipocentro da explosão.
Seguindo uma tradição anual, foi ali lida uma Declaração pela Paz e uma lista atualizada de vítimas foi colocada no memorial, que inclui os nomes dos sobreviventes que morreram nos últimos doze meses.
O número de mortos na tragédia de Nagasaki é atualmente de 198.785 pessoas.
A decisão dos Estados Unidos de lançar bombas atómicas sobre as populações civis de Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, tem sido questionada há anos por numerosos historiadores.
Esta decisão foi tomada no final da Segunda Guerra Mundial, quando a guerra estava quase vencida pelos Aliados.
Sem dúvida, o massacre determinou a rendição incondicional do Japão; mas o custo humano continua a ser pago até hoje.
arc/msm/ls