Harris e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota Tim Walz, realizaram grandes comícios na Pensilvânia (onde ela apresentou oficialmente seu candidato a vice-presidente na terça-feira) e de lá seguiram para Wisconsin, Michigan, Carolina do Norte, Arizona e Nevada.

Em Michigan e no Arizona, a candidata foi forçada a sair do script em relação a uma exigência que tem atormentado a administração democrata desde a escalada da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza: o apoio ao povo palestino.

Na sexta-feira, Harris enfatizou no Arizona: “Vou dizer claramente e de uma vez por todas: é hora de um cessar-fogo imediato”, e pediu a libertação de todos os que estão presos pelo grupo palestino.

“Respeito sua voz, mas hoje viemos falar sobre a eleição de 2024”, disse a candidata no comício no Desert Diamond Stadium em Glendale, nos arredores de Phoenix.

Ela também culpou seu rival republicano Donald Trump por bloquear os esforços bipartidários de segurança na fronteira.

A dupla Harris-Walz tentou atrair eleitores em alguns estados do Cinturão do Sol, onde há republicanos moderados e independentes, bem como latinos que seriam decisivos nessa disputa acirrada.

Os 18 estados do Cinturão do Sol são Alabama, Arkansas, Arizona, Califórnia, Colorado, Flórida, Geórgia, Kansas, Louisiana, Mississippi, Carolina do Norte, Novo México, Nevada, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee, Texas e Utah.

Harris e Walz também reforçaram a mensagem nos chamados estados da Muralha Azul – Michigan, Pensilvânia e Wisconsin – onde uma pesquisa do New York Times/Siena College dá ao democrata a vantagem sobre o republicano.

Pelo menos 49% dos prováveis eleitores desses três estados dizem ter uma opinião favorável sobre o vice-presidente.

Essa é uma mudança significativa em relação às pesquisas anteriores, nas quais Trump estava à frente de Harris e do presidente Joe Biden, que renunciou à sua campanha de reeleição em 21 de julho.

A entrada de Harris na corrida eleitoral alterou os fundamentos desta eleição, porque até agora a dinâmica básica da disputa era impulsionada pela impopularidade de Biden, observou o Times.

O jornal acrescentou que, embora Harris tenha se beneficiado de algumas semanas de cobertura muito favorável da mídia, endossos significativos e uma efusão de boa vontade dos eleitores que anseiam por uma alternativa a dois candidatos mais velhos, (…) a questão é se ele manterá esse apoio quando as coisas ficarem difíceis.

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