“Temos convicção de que todos morreram por politraumatismos. É uma certeza científica, o avião caiu de uma altura de quatro mil metros e quando chegou ao solo a queda foi muito grande e todos sofreram politraumatismos”, disse Vladmir Alves dos Reis, diretor do Instituto Médico Legal (IML).
Segundo Dos Reis, as vítimas morreram com o impacto da queda e só posteriormente foram carbonizadas.
“As queimaduras que culminaram na carbonização de alguns corpos foram secundárias a politraumatismos”, explicou.
Ele também comunicou que todas as vítimas serão totalmente identificadas. “Garanto que quando estes corpos forem entregues às suas famílias eles terão cem por cento de certeza de que é realmente aquela pessoa”, disse.
Reiterou que não libertariam “nenhum corpo, nenhuma pessoa, nenhum cadáver se não houver certeza absoluta desta verificação, razão pela qual a partir de agora o processo será um pouco mais lento”.
A Polícia Científica do estado do Paraná enviou 31 amostras de DNA e 19 amostras de documentação odontológica para São Paulo para auxiliar nesse processo.
Em último relatório desta terça-feira, o grupo de trabalho do IML de São Paulo confirmou que o número de identificação dos 62 mortos na queda do avião da empresa Voepass aumentou para 27. Todas as vítimas foram submetidas a exames. As declarações de óbito de 15 dos falecidos foram entregues às suas famílias. Os nomes dos falecidos identificados não foram divulgados pelo instituto.
Ainda não se sabe o que causou o acidente da aeronave modelo ATR-72, mas a queda em espiral sugere o aparecimento de um rastro, que ocorre quando o avião perde o suporte que lhe permite voar, dizem especialistas.
O acúmulo de gelo foi uma das hipóteses levantadas pelos especialistas.
Uma reportagem do portal G1 também revelou que o manual da aeronave ATR indica o risco de perda de sustentação e rotação em condições severas de gelo.
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