O ministro revelou que espera reunir-se em breve com os seus homólogos daqueles dois países – também membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) – para encontrar uma solução amigável para a proibição das importações de cítricos e outros produtos da África do Sul.
Falando no congresso da Agri Limpopo, que decorre desde ontem na cidade de Modimolle, na província nortenha do Limpopo, Steenhuisen manifestou-se confiante de que existe uma “situação em que vocês bloqueiam os nossos produtos e nós bloqueamos os seus”.
Temos um acordo no âmbito da União Aduaneira da África Austral (SACU), acrescentou, que é muito claro, não podemos fechar temporariamente as fronteiras ou fechar a indústria.
Agora, disse ele, obviamente queremos ouvir a posição do Botswana e da Namíbia sobre o assunto, “mas não creio que isso possa levar a uma guerra comercial”.
A Câmara de Comércio Agrícola da África do Sul (Agbiz) criticou na semana passada a recente proibição temporária do Botswana às importações de frutas e vegetais sul-africanos.
Essa medida, afirmou a Agbiz num comunicado, não só perturba o comércio, mas também prejudica os laços políticos e económicos entre as duas nações.
O Botswana anunciou uma proibição temporária das importações de laranja, em vigor de 17 de junho a 31 de agosto, recorda o texto.
Segundo Gaborone, esta medida faz parte de uma estratégia mais ampla que visa fortalecer a agricultura local e alcançar a autossuficiência alimentar.
Também este mês o Conselho de Ministros sul-africano afirmou que os requisitos exigidos pela União Europeia (UE) sobre a exportação de cítricos sul-africanos irão causar aumento de custos para a indústria no país.
O gabinete manifestou preocupação com a questão, que se segue a uma disputa formal lançada pela África do Sul na OMC contra os requisitos fitossanitários “estritos e desnecessários” da UE.
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