É imprescindível que o Estado não só regule, mas também participe ativamente na gestão deste serviço essencial’, afirmaram os autores da iniciativa.
O projeto de lei foi apresentado pelos legisladores Daniela Serrano e Luis Cuello, do Partido Comunista, juntamente com outros deputados desse partido político, da Frente Ampla e da Frente Regionalista Verde Social.
Sempre se diz que o Estado é ineficiente, que o setor privado presta um bom serviço. Aqui ficou demonstrado que a empresa privada de eletricidade tem uma gestão desastrosa e tem prejudicado milhares e milhares de pessoas”, denunciaram os parlamentares.
As críticas à empresa aumentaram depois que mais de um milhão de clientes ficaram sem energia em 1º de agosto devido aos ventos fortes e, quase duas semanas depois, há milhares de casas sem serviço.
De acordo com o governo, a Enel forneceu “informações manifestamente errôneas” em meio à emergência com relação às residências afetadas e não foi aos locais de falha no tempo estabelecido.
Os clientes se queixam de que, quando atrasam o pagamento da conta, a Enel corta o serviço e leva muitos dias para que ele volte a funcionar.
Essas empresas demonstraram mais uma vez sua indolência e incapacidade de cuidar de um recurso indiscutivelmente estratégico, alertaram os autores da iniciativa.
Os legisladores consideraram a necessidade de uma empresa nacional para se encarregar do desenvolvimento do setor e da geração, transmissão e distribuição do serviço.
Uma empresa que, segundo eles, contaria com trabalhadores em boas condições e não subcontratados, como acontece atualmente com as transnacionais.
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