Falando no painel, a primeira secretária da embaixada do país caribenho aqui, Rosario Rodríguez, declarou que esse texto foi o pedido de autodefesa de Fidel no julgamento pelo ataque ao Quartel Moncada, um evento que ocorreu em 1953 e que marcou o caminho para a independência definitiva.
“Fidel era muito jovem, já tinha um diploma de direito e decidiu assumir sua própria defesa”, lembrou.
No documento, publicado em diferentes países e traduzido para outros idiomas, ele relata os problemas que o país enfrentava na época, como terra, desindustrialização, desemprego, moradia, educação e saúde, disse a diplomata.
Ela acrescentou que La historia me absolverá tornou-se o programa da Revolução Cubana que triunfou em 1º de janeiro de 1959.
Pedro Bronzic, do Movimento de Solidariedade a Cuba, e a ativista Javiera Neira também participaram da conversa, que aconteceu no Café Brasil e foi organizada pelo coletivo Eliana Araníbar.
Bronzic lembrou os laços históricos de fraternidade entre os dois povos, que remontam às lutas pela independência da ilha do colonialismo espanhol.
Ele destacou a estreita relação entre o presidente da Unidade Popular, Salvador Allende, e o comandante-em-chefe Fidel Castro, e a recepção de milhares de compatriotas por Cuba após o golpe de Estado de 1973, bem como o treinamento de jovens na ilha.
Em seu discurso, ele pediu o resgate do legado de Fidel, sua visão estratégica e, acima de tudo, a unidade.
Ele também pediu o aprofundamento do apoio à Revolução e ao seu povo
que está sofrendo as consequências do bloqueio dos EUA.
Pedro Bronzic anunciou que em novembro próximo será realizado em Valvidia o 27º Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba, para o qual serão convidados delegados de todo o país.
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