A administração dos EUA, representada pela Casa Branca e pelo Departamento de Estado, emitiu ontem declarações deturpadas acusando falsamente o governo sírio sobre a prisão do cidadão americano Austin Tice, ex-oficial do exército, disse o Ministério das Relações Exteriores em uma nota emitida hoje.
Afirmou que essas alegações sobre o caso de Tice ou outros são infundadas e representam uma distorção deliberada dos fatos e uma continuação da abordagem hostil do governo dos EUA.
Ele denunciou as práticas agressivas de Washington contra a Síria por meio da violação da soberania da terra e do apoio a milícias separatistas e grupos terroristas, além da pilhagem de riquezas naturais e da imposição de medidas coercitivas unilaterais que causam sofrimento aos sírios.
Em declarações anteriores, Damasco denunciou a admissão do mesmo governo de que Tice e outros norte-americanos entraram ilegalmente em territórios sírios fora do controle do governo, além de incentivar dezenas de pessoas a entrar na Síria sem a permissão do governo por meio de passagens ilegais de fronteira em áreas controladas por grupos terroristas armados.
Biden mencionou Tice na semana passada em uma declaração da Casa Branca no 12º aniversário de seu desaparecimento na Síria, em 14 de agosto de 2012.
Fontes citadas pelo jornal sírio Al-Watan revelaram que Tice não era um jornalista, mas um agente contratado pela inteligência dos EUA que entrou em territórios sírios e visitou muitas áreas que estavam fora do controle do exército sírio na época, incluindo Ghouta Oriental, perto de Damasco, e foi encarregado de preparar “jihadistas” para combater as forças sírias.
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