Com o lema Agir pela Humanidade, a campanha para a data centra-se na denúncia da normalização dos ataques contra civis, incluindo trabalhadores humanitários, e na impunidade para tais atos ao abrigo do Direito Internacional Humanitário.
Ao abrigo da Carta da ONU, o seu pessoal está unido por uma missão partilhada para salvar e proteger vidas, mas dados provisórios confirmam riscos crescentes, especialmente em Gaza, no Sudão do Sul, em Mianmar e no Sudão.
Só nos primeiros seis meses da ofensiva israelita na Faixa, foram registadas mais de 30.000 mortes de civis, incluindo mais de 150 trabalhadores das Nações Unidas, um número sem precedentes para um único conflito num período tão curto.
No geral, o número de humanitários mortos mais do que duplicou: de 118 em 2022 para 261 em 2023, e nesse ano, além disso, outros 78 foram raptados e 196 feridos.
O primeiro semestre de 2024 foi caracterizado por ataques a instalações de saúde e educativas, bem como a instalações de água e saneamento, deixando milhões de pessoas sem acesso aos serviços de que necessitam para sobreviver.
Os trabalhadores humanitários, a maioria dos quais trabalham nos seus próprios países, estão ainda mais próximos das pessoas que servem, onde encontram novas formas de se aventurarem mais profundamente nas regiões afetadas por catástrofes e mais perto das linhas da frente do conflito para salvar e proteger vidas.
A data reitera a vocação da organização de servir todas as pessoas necessitadas, não importa quem, onde ou o quê.
Este Dia Internacional recorda o atentado bombista ao Hotel Canal, em Bagdad, em 2003, que custou a vida a 22 humanitários, incluindo o Representante Especial do Secretário-Geral para o Iraque, Sérgio Vieira de Mello.
Cinco anos depois, a Assembleia Geral adotou uma resolução designando o dia 19 de Agosto como o Dia Mundial Humanitário.
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