Um funcionário do cemitério chamou a polícia esta manhã para relatar a descoberta de pichações em um pilar de pedra perto do portão Torii, na entrada principal, que desfigura o nome do santuário inscrito nele.
De acordo com policiais, tinta preta foi usada para rotular caracteres chineses que delineavam a palavra ofensiva “banheiro”.
As autoridades investigam o caso por danos materiais e suspeitam de cidadãos de origem chinesa, já que o autor compartilhou um vídeo das ações em um aplicativo chinês e recebeu elogios de alguns usuários, com frases como: “muito bem” e “lindo”.
Vários países consideram Yasukuni um símbolo do passado militarista do Japão, especialmente as nações vizinhas que sofreram com o colonialismo japonês na época da Segunda Guerra Mundial.
No santuário, localizado nesta capital, é prestada homenagem a mais de 2,4 milhões de pessoas que tombaram lutando por este país entre o final do século XIX e 1945.
A inclusão, na década de 1970, dos restos mortais de 14 políticos e oficiais do exército imperial condenados por um tribunal internacional como criminosos de guerra de Classe A após a conflagração constitui a fonte de maior controvérsia e tensão.
Todo dia 15 de agosto, quando é comemorada a rendição do Japão naquela guerra, as autoridades vão a Yasukuni ou enviam oferendas rituais ao santuário, o que gera protestos de nações vizinhas que consideram a veneração de criminosos uma ofensa.
Atos de profanação ou protesto não são novidade aqui, já que em outras ocasiões os grafites tiveram que ser apagados com fins ofensivos semelhantes.
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