Na imprensa do poder cidadão, o vice-presidente lembrou que esta campanha educativa teve início em 23 de março de 1980 e terminou em 23 de agosto do mesmo ano, com a participação de 95.582 jovens e educadores, que formaram o Exército Popular de Alfabetização.
“E os quase 100 mil jovens e professores organizaram-se em frentes de luta contra o analfabetismo , por região, prestando homenagem às frentes insurrecionais, à luta insurrecional da Frente Sandinista de Libertação Nacional”, notou. Comentou que essas frentes receberam nomes de heróis nicaraguenses como Rigoberto López Pérez, Camilo Ortega, Benjamín Zeledón, Roberto Huembes, Pablo Úbeda e Carlos Fonseca.
O principal líder sandinista destacou a importância da iniciativa, já que em 1979 a taxa de analfabetismo herdada de Somoza era de 50,3%, mas graças à cruzada de alfabetização foi reduzida para 12,9%;
“E 406.056 protagonistas desta grande cruzada em todo o país leram, escreveram e a continuidade educativa começou imediatamente com a modalidade de educação de adultos”, disse.
Murillo lembrou que o primeiro território livre do analfabetismo foi o município de Nandasmo, no departamento de Masaya, declarado em 2 de agosto de 1980, e em setembro do mesmo ano foi organizado o dia especial de alfabetização nas Regiões Autônomas da Costa Caribe da Nicarágua, nas línguas dos povos nativos.
Comentou que este feito educativo foi documentado e reconhecido pela UNESCO, e o país recebeu a medalha Nadieska Krúpskaya em duas ocasiões, 1981 e 1987, esta última quando todo o departamento do Río San Juan foi declarado livre de analfabetos.
“Imaginemos que recebemos nosso Rio San Juan com 96,32 % de pessoas que não sabiam ler nem escrever”, lembrou.
O vice-presidente destacou que em 2007, no Programa Memórias do Mundo, a Nicarágua foi cadastrada para gerar materiais e documentos em espanhol, misquito, mayagna e inglês crioulo, o que permitiu a criação de um arquivo histórico.
Segundo Murillo, o analfabetismo voltou a esta nação centro-americana com os 16 anos de governos neoliberais, que maltrataram as famílias mais pobres e a taxa de analfabetismo voltou a subir para 23%.
“Depois foram organizadas batalhas de alfabetização depois de 2006, nesta segunda fase da Revolução, face aos retrocessos educacionais desses desastrosos governos neoliberais”, disse ele.
Nesse sentido, mencionou o projeto Alfaradio Nuevas Esperanzas com um programa de rádio que foi transmitido as protagonistas de comunidades rurais e jornadas de alfabetização em Matagalpa, San Ramón, La Dalia, Wiwilí, Jinotega e Waslala, com a cooperação do Instituto Latino-Americano Pedagogia e do Caribe de Cuba.
Depois veio o método cubano Sim, eu posso, e desde 2007 na segunda etapa da Revolução começou a campanha de Martí a Fidel, e em agosto de 2009 a Nicarágua foi declarada um território livre de analfabetismo, conseguindo reduzir esse índice para 4,7%.
“De 2010 até hoje, os programas de alfabetização e continuidade de jovens e adultos foram fortalecidos em todo o país, atendendo um total de 2.684.349 protagonistas”, destacou.
Acrescentou que desde 2006 começou aqui o programa Luz e Verdade, com o qual 13.281 pessoas se alfabetizaram, formando também em diferentes ofícios pelo Instituto Nacional de Tecnologia.
“Quantos feitos, quanto heroísmo, quanta bravura e quanta vontade, empenho do povo nicaraguense que caminha, que acredita e cria o futuro que merecemos”, sublinhou.
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