Sob o lema 100 panelas contra a fome, os manifestantes se reunirão no cruzamento entre as avenidas 9 de Julio e Moreno, nesta capital, às 11h, horário local, para exigir a entrega de recursos às instituições que atendem as pessoas mais afetadas pela grave situação socioeconômica existente.
Na semana passada, ocorreu uma iniciativa semelhante convocada pelo movimento Somos Barrios de Pie.
Na Argentina de Javier Milei, sete em cada dez famílias pararam de comer uma vez por dia. Além disso, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, um milhão de crianças vão dormir sem jantar, alertou o grupo no seu perfil na rede social X.
A violência que este governo exerce sobre o nosso povo é inaceitável. Vamos pela Lei de Emergência Alimentar, acrescentou.
Segundo um estudo do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica, 54,9 % da população deste país é pobre e o índice de indigência sobe para 20,3.
Segundo este relatório, estes são os níveis mais elevados dos últimos 20 anos e refletem que uma em cada cinco pessoas não atinge sequer o rendimento mínimo para poder viver.
O período analisado é o primeiro trimestre deste ano, que foi marcado pela aplicação de um forte ajustamento, pela desvalorização do peso argentino, pela desregulamentação econômica, pela queda da produção e da atividade econômica, pelos despedimentos massivos e pela destruição do Estado, entre outras medidas Milei.
O Observatório indicou que a situação de emergência cresceu quase 10 pontos em relação ao quarto trimestre de 2023, quando o número de pobres se situava em 45,2 % e a indigência em 14,6.
Além disso, o estudo especificou que a cidade mais pobre deste país é Resistencia, no Chaco (79,5%), seguida por Formosa (72,1%) e La Rioja (68), localizadas nas províncias de mesmo nome.
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