Em uma carta entregue nesta sexta-feira ao Palácio de La Moneda, os observadores alertam sobre a posição do presidente de desconsiderar as instituições venezuelanas ao reiterar que houve fraude no país.
Fomos testemunhas de um processo eleitoral legítimo e democrático que deu a vitória nas urnas ao presidente Nicolás Maduro, afirma o texto, acrescentando que, apesar de seu pedido público e formal, eles não foram recebidos pelas autoridades do governo chileno.
Esteban Silva, líder do Movimiento del Socialismo Allendista, lembrou que a política externa do Chile é uma política do Estado como um todo, além do governo em exercício, e o tratamento deve ser cuidadoso, ponderado e não impensado.
O que o presidente fez foi desconsiderar a institucionalidade de outros países”, disse ele.
Por sua vez, o médico e ex-líder sindical Esteban Maturana pediu que os interesses da América Latina fossem preservados e que a intervenção estrangeira na Venezuela fosse evitada a todo custo.
O Chile deve manter relações de respeito à autodeterminação e à soberania de todos os povos e Estados do mundo”, afirma a carta.
Ela lembra que a Venezuela, assim como o Chile, é um país irmão da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
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