Às 11h00, hora local, membros da associação Abuelas de Plaza de Mayo, do grupo Hijos e do Centro de Estudos Jurídicos e Sociais, entre outros, participarão numa conversa aberta sobre o valor dos compromissos internacionais para enfrentar este crime e os desafios das organizações de defesa dos direitos humanos.
O evento terá lugar na Casa da Identidade do Espaço de Memória da ex ESMA (antiga Escola de Mecânica da Marinha), onde funcionou um dos centenas de centros clandestinos de detenção e tortura durante a última ditadura civil-militar neste país (1976-1983).
Posteriormente, às 15h, será realizada uma discussão sobre a data no Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos do Mercado Comum do Sul e serão exibidos curtas-metragens e documentários relacionados a ela.
Este dia, comemorado desde 2010 por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, tem como objetivo “honrar a memória dos desaparecidos e exigir o direito à verdade e à justiça”.
Após o golpe de Estado de 1976 contra o governo de María Estela Martínez de Perón, a Argentina viveu os momentos mais sombrios da sua história sob uma ditadura que até 1983 causou o desaparecimento, sequestro, tortura e assassinato de mais de 30 mil cidadãos.
Além disso, centenas de crianças nasceram em cativeiro, separadas dos pais, vendidas ou apropriadas por repressores.
Durante os últimos dias, numerosas organizações denunciaram a reivindicação desse regime por parte do Governo de La Libertad Avanza, a visita de legisladores dessa força a assassinos condenados pelo genocídio e a preparação de projetos para libertar estes criminosos.
Além disso, condenaram a intervenção da Universidade das Mães da Praça de Maio, a eliminação de uma unidade especial de busca de crianças tiradas de suas famílias e o desmantelamento das políticas de memória, verdade e justiça.
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