Um dos exemplos de genocídio no direito internacional é privar um povo de sua alimentação e vemos isso claramente no caso da hostilidade do governo estadunidense para com o povo cubano, declarou nesta capital.

Da mesma forma, o ativista dominicano-americano comentou que “o mesmo governo que financia o genocídio contra o povo palestino em Gaza, também impõe o genocídio contra o povo cubano”.

De los Santos liderou a doação à ilha de 800 toneladas de farinha de trigo, adquiridas como resultado da campanha Deixe Cuba Viver, “Pão para nossos vizinhos”, promovida pelo Fórum dos Povos, uma organização com sede nos Estados Unidos.

Ele explicou que milhares de cidadãos de várias nações responderam à iniciativa, “desde pessoas que doaram um dólar até pessoas que doaram milhares de dólares.

Todos eles têm a convicção de que precisamos adotar um tipo diferente de política em favor das relações entre os EUA e Cuba”, acrescentou.

É claro, ressaltou ele, que tudo isso também é possível graças à irmandade e à relação de trabalho com o Centro Martin Luther King, com quem fizemos entregas de leite em pó e outras necessidades da vida.

Ele também disse que, devido à escassez de farinha de trigo em Cuba, “entendemos que era nossa responsabilidade política e humana reagir às necessidades de nossos vizinhos cubanos”.

Falamos diretamente com 14 empresas nos Estados Unidos e dissemos claramente: queremos comprar uma doação para dar diretamente ao povo de Cuba”, disse ele.

Nenhuma delas, enfatizou ele, ousou nos vender farinha. Tivemos que procurar outras empresas em todo o mundo e ir até a Turquia, quando estávamos a apenas 90 milhas de distância de Cuba.

Isso é genocídio, isso é um ato de guerra, disse ele.

Ele também disse que Biden deveria aproveitar seus últimos meses na Casa Branca para “retirar Cuba da Lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo” e iniciar o processo para “suspender o embargo ou bloqueio contra Cuba”.

Chega de discursos, chega de slogans, é hora de reiniciar as relações com Cuba”, disse ele.

Nossa exigência, disse ele, é também a de “centenas de milhares e milhões de americanos que compartilham nossa posição”.

A doação, cuja primeira entrega foi feita na padaria La Vivoreña, no município de Diez de Octubre, na capital, será distribuída nas províncias de Pinar del Río, Mayabeque, Artemisa, Havana e Matanzas.

O Fórum do Povo se descreve como “um grupo de organizadores, educadores, visionários, trabalhadores culturais, pensadores e lutadores comprometidos com a transformação sistêmica de uma sociedade enraizada na equidade, na justiça e na dignidade humana”.

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