No dia 25, moradores de Garden Route, Karoo e das províncias do Cabo Oriental e Ocidental, bem como do Estado Livre, observaram no céu uma faixa brilhante de luz branco-azulada com tons alaranjados, que, dependendo do observador, deu origem a inúmeras especulações, entre as quais não faltaram “homenzinhos verdes”.
Como explicam agora especialistas das universidades de Rhodes, Nelson Mandela e Witwatersrand (Wits), o meteorito, batizado de Nqweba em homenagem à área onde caiu, depois de se dividir em vários fragmentos menores, desapareceu de vista.
Pouco depois, testemunhas relataram explosões, um rastro sonoro produzido pela velocidade supersônica com que viajava durante sua entrada na atmosfera.
De acordo com um comunicado destes centros de estudos, responsáveis pela investigação, acredita-se que Nqweba seja um meteorito condrito, especificamente um tipo raro dentro do grupo Howardite-Eucrite-Diogenite (HED).
O maior fragmento recuperado pesa menos de 90 gramas e tem diâmetro inferior a cinco centímetros. No entanto, os cientistas esperam encontrar peças maiores.
Supõe-se que ao penetrar nas camadas densas da atmosfera a cerca de 20 quilômetros por segundo e se fragmentar em um número ainda indeterminado de pedaços menores, o meteorito tinha um diâmetro médio de cerca de quatro metros, o tamanho de um carro de médio porte.
Para tal, o professor Deon van Niekerk, da Universidade de Rhodes, obteve autorização da Autoridade Provincial de Recursos do Património do Cabo Oriental para recuperar todos os fragmentos, a fim de realizar análises científicas.
Esses meteoritos, segundo o texto, fornecem informações valiosas sobre o funcionamento interno de outros corpos planetários, oferecendo aos cientistas informações sobre processos como aqueles que formaram as rochas da Terra.
Felizmente, dadas as suas pequenas dimensões, o Nqweba não causou quaisquer danos.
Muito diferente foi o caso do meteorito que há pouco mais de dois bilhões de anos impactou o que hoje conhecemos como África do Sul, deixando a chamada cratera Vredefort, a cerca de 120 quilômetros da cidade de Joanesburgo, com raio de 190 quilômetros.
Felizmente, naquela época não havia nem dinossauros para matar.
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