Solicitei o apoio do eixo investigativo da Polícia Nacional para descartar qualquer ataque contra a cidade, confirmou Muñoz em declarações ao canal Teleamazonas.
Muñoz afirmou que estão sendo consideradas duas hipóteses, a queima irresponsável e uma ação deliberada para iniciar as chamas e classificou os responsáveis como criminosos porque “as vidas de pessoas e animais foram colocadas em risco, a qualidade do ar de Quito foi afetada, foi um ataque à flora e à fauna e às atividades produtivas”, denunciou.
O prefeito mencionou entre os efeitos dos incêndios que uma granja perdeu toda a sua produção de frangos porque acabaram sufocados e 20 cabeças de gado perderam a vida na localidade de Itulcachi pelo mesmo motivo, reiterou.
O prefeito de Quito classificou a emergência como a mais grave até agora neste ano na capital e segundo a Secretaria de Gestão de Riscos (SGR), o incêndio consumiu extensas áreas de vegetação e causou outros danos que incluem a morte de 32 mil aves e 20 bovinos envenenados pela fumaça.
Os bairros de Pifo, Nayón e Chilibulo são as principais fontes dos incêndios e cerca de 25 pessoas foram evacuadas para lá, detalhou o SGR.
Desde a tarde desta quarta-feira, vários incêndios florestais cobriram de fumo a capital equatoriana e mais de 300 bombeiros respondem à emergência, enquanto as aulas presenciais foram suspensas nesta quinta-feira em cerca de vinte escolas e colégios nas zonas de Pifo e Tumbaco.
O helicóptero do Corpo de Bombeiros viajou até lá para descarregar água.
De janeiro até o momento, foram registrados 1.994 incêndios florestais em 19 províncias do Equador, que causaram a perda de 18.332 hectares de cobertura vegetal e mais de 20 mil animais mortos. Agosto foi o mês com maior impacto, seguido de julho.
Os incêndios florestais no Equador costumam ocorrer nesta época do ano, quando as chuvas são escassas, segundo relatórios da SGR. A ação humana muitas vezes se soma às condições climáticas para sua propagação.
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