Haley se limitou a dizer que ele é “o candidato republicano” sem oferecer nenhum qualificativo para o ex-presidente, a quem apoiou depois de abandonar a corrida pela nomeação do Partido Republicano.

Na entrevista ao programa “Face the Nation”, da CBS, que será transmitida na íntegra neste domingo, a ex-embaixadora na ONU também advertiu que, embora discorde do estilo, da abordagem ou das comunicações de Trump, ela o apóia por causa dos acordos políticos.

“Se eu concordo com o estilo dele, com a abordagem dele, com a comunicação dele? Não”, acrescentou ela.

Haley observou que está “em espera” para fazer campanha para Trump, e que ele está ciente dessa disposição dela, mas não lhe pediu isso. “E essa é a escolha dele: o que quer que ele decida fazer com sua campanha, ele pode fazer”, enfatizou.

Em um determinado momento, a ex-governadora chamou Trump de “desastre” para o partido e afirmou não ter medo de expressar publicamente sua desaprovação. “Não tenho medo de dizer as verdades duras em voz alta (…) E não tenho medo da retaliação de Trump. Não espero nada dele.

Mais tarde, porém, ela mudou de tom e, na Convenção Nacional Republicana em julho, quando discursou, Haley ofereceu seu forte apoio ao ex-governador.

No mês passado, no entanto, ela advertiu publicamente na Fox News que Trump precisava “se concentrar” e ficar longe de ataques pessoais à rival democrata Kamala Harris.

No dia anterior, o presidente George W. Bush (2001-2009) anunciou que não planeja endossar formalmente nenhum candidato na eleição presidencial de 2024, de acordo com uma declaração divulgada por seu escritório.

Nem Bush nem sua esposa Laura Bush planejam dizer em quem votarão, informou a NBC News. “O presidente Bush se aposentou da política presidencial há anos”, disse seu escritório.

A decisão de Bush de não endossar nenhum candidato na disputa pela Casa Branca ocorre apenas um dia depois que seu então vice-presidente Dick Cheney confirmou que votaria em Harris.

Sua filha, a ex-deputada Liz Cheney (R-Wyoming), compartilhou a decisão do pai. No início desta semana, ela apoiou Harris, argumentando que “como conservadora, como alguém que acredita e se preocupa com a Constituição, pensei profundamente sobre isso”,

“Por causa do perigo que Donald Trump representa, não apenas não votarei em Donald Trump, mas votarei em Kamala Harris”, antecipou.

Em 2012, Bush apoiou o então candidato à presidência Mitt Romney. Bush apoiou o falecido senador John McCain em 2008.

mem/dfm/mb