A decisão ocorre seis meses após a ascensão de Faye ao poder e depois que ele também decidiu dissolver o parlamento do país.
Os analistas lembram na sexta-feira que o partido do presidente não tem maioria no parlamento e é improvável que a vença nesta rodada.
Enquanto isso, a decisão já foi denunciada pela plataforma de oposição, liderada pelo ex-presidente Macky Sall.
Por sua vez, Faye conclamou o eleitorado a dar a vitória ao seu partido a fim de realizar a transformação sistêmica prometida, dificultada pela maioria parlamentar da oposição.
Ainda está pendente um compromisso com reformas radicais para melhorar os padrões de vida no país, que tem uma das taxas de inflação mais altas da África Ocidental, bem como para erradicar a corrupção e o controle dos recursos naturais da nação.
Faye, 44 anos, saiu vitorioso nas recentes eleições de março com 54% dos votos, poucos dias depois de ser libertado da prisão ao lado do primeiro-ministro Ousmane Sonko.
Em 2014, Faye e Sonko fundaram o partido Patriotes du Sénégal pour le Travail, l’Ethique et la Fraternité (Pastef), que foi posteriormente banido em julho de 2023.
Em pouco mais de uma década, essa aliança de oposição tornou-se a segunda força política do Senegal, especialmente devido ao carisma público de Sonko em seu discurso contra a corrupção e a denúncia do neocolonialismo francês.
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