O órgão irá analisar os resultados do mecanismo liderado pela coordenadora sênior de Assuntos Humanitários e Reconstrução do enclave, Sigrid Kaag, cujo mandato foi aprovado pelo próprio Conselho em dezembro de 2023.
A sessão ocorre poucos dias depois de seis trabalhadores humanitários da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) terem sido mortos num ataque a uma escola e outro membro da equipa ter sido morto por um atirador na sua casa na Cisjordânia.
Estes acontecimentos elevaram o número de trabalhadores da ONU mortos durante a ofensiva israelita que começou em 7 de Outubro para mais de 220, considerados pelas Nações Unidas como números sem precedentes para um único conflito num período de tempo tão curto.
Apesar destes desafios, a organização considerou positiva a primeira fase da sua campanha de vacinação contra a poliomielite, que atingiu mais de 560 mil crianças menores de 10 anos em três fases por zona: do centro, ao sul e ao norte da Faixa.
O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários confirmou no final da semana passada que já estão a preparar uma próxima ronda dentro de cerca de quatro semanas, necessária para evitar a propagação do vírus detectado nas águas residuais.
Segundo dados oficiais, o conflito no enclave já custou a vida a mais de 41 mil palestinos e mais de 95 mil ficaram feridos.
O elevado custo de vidas civis suscita a condenação das Nações Unidas e de uma esmagadora maioria da comunidade internacional na procura de um cessar-fogo e de uma solução política com a criação de dois Estados.
Como parte desses esforços, a Assembleia Geral da ONU votará na próxima terça-feira uma resolução há muito aguardada que estabelece um prazo de seis meses para a saída de Israel dos territórios ocupados na Cisjordânia.
Embora as decisões do fórum formado por 193 países não sejam vinculativas, a reunião é de especial importância, pois responderia ao Parecer Consultivo da Corte Internacional de Justiça divulgado em 19 de julho, que reconhece a presença de Tel Aviv naquela área como ilegal e as solicitações entram em ação.
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