Yanet Alfonso, chefe do laboratório de criação de artrópodes benéficos do Instituto de Saúde Vegetal de Cuba, disse que até o momento a praga só foi detectada na província oriental de Guantánamo, mas se tornou um alerta para todo o território nacional.
Nos municípios de Imías, Maisí e Baracoa, constatamos a presença do que é conhecido coloquialmente como o percevejo preto do feijão e estamos desenvolvendo ações para evitar sua disseminação e testando espécies que atuam como controladores biológicos dessa praga”, disse ela.
A pesquisadora disse em sua palestra que o objetivo era aumentar a conscientização sobre a existência da praga, os danos que ela pode causar às plantações e como agir quando ela for detectada.
Já estamos trabalhando na confirmação de um projeto conjunto entre as universidades de Guantánamo e Matanzas para investigar o tratamento e as medidas destinadas à sua eliminação, e a conferência foi um passo importante para realizá-lo a fim de proteger a cultura do feijão preto em Cuba”, disse ela.
Alfonso destacou que, na região da América Latina, a documentação sobre a espécie é escassa, de modo que muitos dos estudos são baseados em relatórios do continente asiático, que tem um clima muito diferente da região do Caribe, e a existência da Brachyplatys subaeneus é bem conhecida.
A Brachyplatys subaeneus é uma praga que ataca principalmente plantas leguminosas e é originária da região asiática, embora na região da América Latina tenha sido detectada em países como Chile, Equador e Jamaica.
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