Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed começam uma reunião na terça-feira, após a qual anunciarão o início dos cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos, ainda sem saber se serão de 25 ou 50 pontos-base.
Na quarta-feira, o banco central anunciará a decisão em um comunicado e, meia hora depois, o presidente do órgão regulador, Jerome Powell, virá a público para explicá-la.
Em suas últimas aparições públicas, Powell não deixou margem para dúvidas quando disse que chegou a hora de fazer ajustes na política monetária (há alguns dias).
Após 11 aumentos desde março de 2022 para tentar controlar os preços, o Fed tem mantido as taxas desde julho do ano passado em uma faixa de 5,25% a 5,5%, seu nível mais alto desde 2001. O Banco Central Europeu (BCE) e outras instituições vêm cortando as taxas há meses, mas o Fed foi muito mais conservador e, até agora, mantinha que os dados econômicos não eram confiáveis o suficiente para iniciar os cortes.
Os analistas europeus acreditam que não há indícios de quanto será o corte da taxa de juros amanhã e as previsões dos economistas não são claras. De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, 63% dos economistas acreditam que o corte na taxa será de 50 pontos-base e 37% acreditam que será de 25 pontos-base.
De acordo com Richard Roberts, professor de economia da Universidade de Monmouth e ex-executivo do Fed, é provável que o Fed reduza as taxas em 25 pontos porque a economia continua forte e os números recentes da inflação foram um tanto rígidos.
Para Kenneth Kuttner, professor do Williams College, em Massachusetts, é compreensível que o FOMC esteja relutante em reduzir as taxas de forma muito agressiva, uma vez que ainda há um longo caminho a percorrer para trazer a inflação de volta à meta.
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