O líder da SUPU, Ricargo Gonzalez, disse que “não há garantias reais ou estrutura legal em vigor” para que esses procedimentos sejam realizados com segurança nos lares.
González especificou que, antes de mais nada, são necessários equipamentos e treinamento, mas também esclarecimentos sobre como a legislação será implementada, bem como o envolvimento de promotores ou juízes.
Ele criticou a falta de diálogo com o Ministério do Interior, como o mantido pelo Sindicato da Polícia Nacional (Sipolna).
Esse sindicato também rejeitou a iniciativa de incursões noturnas, mas conversas com autoridades ministeriais levaram-no a reavaliar sua posição e exigir protocolos de ação.
A proposta é polêmica e tem sido contestada por grupos da sociedade civil e pela Frente Ampla, de oposição, por vários motivos. O candidato presidencial da Frente, Yamandú Orsi, criticou supostos interesses eleitorais por parte do governo, que apresenta as batidas como uma “bala de prata contra o tráfico de drogas”.
O que é certo é que se trata de um tema da atual campanha eleitoral, uma das bandeiras do candidato do Partido Nacional, Álvaro Delgado, e de aspirantes de outros partidos da chamada Coalizão Republicana, no poder.
Uma pesquisa da Equipos Consultores informou ontem à noite que 64% dos uruguaios votarão a favor do plebiscito, contra 31 que discordam.
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