Lagos denunciou que, de acordo com as leis internacionais e humanitárias, esse cerco econômico, comercial e financeiro é um crime contra a humanidade contra uma nação inteira.
O líder comunista chileno fez as declarações ao jornal Crónica Digital depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, decidiu prorrogar por mais um ano a Lei de Comércio com o Inimigo, o regulamento de 1917 sob o qual o bloqueio de Cuba foi imposto em 3 de fevereiro de 1962.
“Essa é uma medida unilateral, arbitrária e criminosa. Não há justificativa para punir um povo que escolheu sua liberdade e independência”, alertou Lagos.
De acordo com o relatório mais recente apresentado pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, somente entre 1º de março de 2023 e 29 de fevereiro de 2024, essa política injusta causou danos estimados em mais de cinco bilhões de dólares.
Esse valor representa um aumento de US$ 189,8 milhões em relação ao ano anterior.
O ministro denunciou o endurecimento do cerco às exportações cubanas, principalmente no setor de turismo, a perseguição às operações financeiras, bem como os danos ao sistema empresarial, à produção e aos serviços prestados à população.
O relatório de Cuba sobre a necessidade de acabar com o bloqueio será apresentado à Assembleia Geral da ONU para consideração em 29 e 30 de outubro.
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