No texto, os membros da assembleia reiteraram sua rejeição à “ineficiência do executivo diante dessa situação, que também agrava a crise de insegurança e coloca em risco o desenvolvimento econômico dessa nação sul-americana”.
O parlamento solicitou ao governo um relatório detalhado sobre as medidas tomadas para interromper a crise energética e proteger os cidadãos. Também solicitou um plano urgente para restaurar a segurança nas estradas com a intervenção da polícia e das forças armadas.
Na terça-feira, o governo do Equador anunciou que, na próxima semana, haverá apagões de oito horas em todo o país devido à crise de geração de eletricidade.
O governo equatoriano justificou os cortes para evitar “a pior seca dos últimos 61 anos e para administrar com responsabilidade o controle do sistema elétrico”.
Em um comunicado à imprensa, ele explicou que, devido à interrupção dos serviços, o teletrabalho será implementado no setor público durante esses quatro dias.
O Operador Nacional de Eletricidade (Cenace) alertou que a maior preocupação do setor é a fase mais severa da estação seca, que começa em outubro próximo.
O Equador sofre grande instabilidade no setor de eletricidade devido a déficits de geração e outros problemas, incluindo um apagão total no país em junho.
Essa crise se agravou em meados de abril, com interrupções de energia que duraram até 13 horas em alguns lugares e, embora os apagões tenham sido oficialmente suspensos a partir de 1º de maio, houve interrupções por vários motivos.
Nesse contexto, uma onda de violência e insegurança está mais uma vez atingindo o território nacional, apesar da presença dos militares nas ruas e dos repetidos estados de emergência decretados pelo executivo.
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