No seu discurso, o Presidente salientou que 2024 não é o mesmo que 1945, o que implica a necessária adaptação da mais alta instância mundial e, entre outras coisas, o fim do direito de veto no Conselho de Segurança.
Se nós, disse, não somos capazes de transformar esta instituição, como é que vamos exigir que os nossos povos mudem?
O líder chileno expressou o desafio de fazer avançar a ONU, que foi de grande importância em certos momentos, mas que hoje carece de mais vitalidade e que pode ser dada, disse, através de uma mudança nas regras do jogo.
A propósito da Cimeira, Boric afirmou que “o Secretário-Geral convida-nos a falar do futuro, quando sem dúvida, imagino, para a grande maioria de nós é muito difícil compreender o presente”.
Referiu-se também à necessidade de distribuir a riqueza gerada a nível mundial de uma forma mais equitativa, tanto entre as nações como dentro de cada país.
Outro tema presente no discurso do responsável do Palácio de La Moneda foi a utilização mais racional dos recursos finitos do planeta e o impacto das alterações climáticas em todos os povos.
No que diz respeito aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, reiterou o alerta feito pelo Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de que, ao ritmo atual, até 2030, apenas 17% desses objectivos terão sido cumpridos.
Enquanto estiver em Nova Iorque, o presidente chileno participará no segmento de alto nível da Assembleia Geral da ONU na terça-feira.
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