O anúncio foi feito pelo Promotor de Crimes contra a Humanidade, Ricardo Perciballe, em uma coletiva de imprensa.
Arigón, um dos 197 detidos-desaparecidos pela ditadura que governou o Uruguai entre 1973 e 1985, foi sequestrado em 1977, aos 51 anos de idade.
Ele era um ativista sindical e político que, pelo simples fato de resistir à ditadura, acreditando em uma sociedade diferente, foi ilegitimamente privado de sua liberdade, transferido para o centro de detenção clandestino La Tablada, onde foi submetido a várias torturas”, disse Perciballe.
A coordenadora do Grupo de Pesquisa em Antropologia Forense (GIAF) da Universidade da República, Alicia Lusiardo, leu fragmentos do relatório médico que confirmou traumatismos pré-morte no esqueleto.
Arigón era casado e pai de dois filhos no momento de sua prisão em sua casa, em 14 de junho de 1977.
A Equipe Argentina de Antropologia Forense, que tem seu laboratório em Córdoba, colaborou na identificação dos desaparecidos em vários países do cone sul-americano durante o Plano Condor, coordenado na época pelos regimes de fato da região.
Com os de Luis Arigón, quatro restos mortais foram encontrados e identificados no terreno do Batalhão 14, no departamento de Canelones.
Os restos mortais de Amelia Sanjurjo e Ricardo Blanco, torturados até a morte em La Tablada, e do professor Julio Castro, assassinado em uma casa grande usada pelo regime de fato em Montevidéu, foram encontrados anteriormente.
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