O estudo foi conduzido por especialistas das universidades de Florença e Siena, na região central da Toscana, bem como de Bolonha, localizada em Emilia-Romagna, no norte do país, de acordo com um relatório publicado na quarta-feira no site da revista especializada Scintilena.
Essa pesquisa foi baseada nos restos do esqueleto de uma criança com pouco mais de um ano de idade, encontrada no final da década de 1990 no sítio arqueológico Grotta delle Mura, próximo à cidade de Monopoli, na província de Bari, um dos poucos esqueletos infantis do Paleolítico Superior bem preservados.
A reconstrução do genoma aplicou uma abordagem multidisciplinar de metodologias analíticas de última geração, combinando estudos antropológicos tradicionais com paleogenômica, paleohistologia dentária, análise geoquímica de alta resolução espacial e datação por radiocarbono.
Esse procedimento foi capaz de obter dados precisos sobre o desenvolvimento e as características biológicas da criança paleolítica, fornecendo informações sobre mudanças significativas na população do sul da Itália no final do último máximo glacial, a época de maior extensão das camadas de gelo, há cerca de 20.000 anos.
No estudo da criança, identificada como Le Mura 1, foram identificados vários traços fenotípicos e uma possível doença congênita, bem como uma baixa mobilidade da mãe durante a gestação e um alto nível de consanguinidade na população, segundo a fonte.
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