Mais de trinta chefes de Estado subirão a tribuna no segundo dia do evento, considerado essencial para enfrentar os desafios do século XXI.
A presidente de Honduras, Xiomara Castro; junto com os presidentes do Equador, Daniel Noboa; do Panamá, Luis Abinader; da Bolívia, Luis Arce; e o chanceler venezuelano, Yvan Gil, completam a lista de representantes latino-americanos nesta quarta-feira antes do fórum.
Durante o debate da véspera, o secretário-geral da organização, António Guterres, colocou a impunidade, a desigualdade e a incerteza devido a riscos não geridos como fatores de uma crise sem precedentes.
A instabilidade em muitos lugares do mundo é um subproduto da instabilidade nas relações de poder e das divisões geopolíticas, alertou.
“Estou diante de vós neste turbilhão convencido de duas verdades fundamentais: primeiro, o estado do nosso mundo é insustentável; e segundo, os desafios que enfrentamos têm soluções”, sublinhou o veterano diplomata.
Este, garantiu, é o momento para uma paz justa baseada na Carta das Nações Unidas, no direito internacional e nas resoluções da ONU.
Na opinião do responsável da organização, a atual “era da impunidade” tem um impacto visível nos conflitos em curso no Médio Oriente ou no Chifre da África.
Ao mesmo tempo, a agitação climática e a crise do custo de vida aprofundam as desigualdades, enquanto a discriminação e os abusos desenfreados de género são os mais prevalentes em todas as sociedades.
Por sua vez, o chefe da 79ª Assembleia Geral da ONU, Philémon Yang, insistiu que a urgência em encontrar soluções “não pode ser exagerada”.
“O debate geral continua a ser uma das plataformas mais inclusivas, representativas e autorizadas do mundo para a reflexão global e a ação coletiva”, disse o antigo ministro camaronês, instando os líderes a aproveitarem o espaço de diálogo.
O diplomata considerou alarmante o atraso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, metas mal alcançadas em 18 por cento faltando pouco mais de cinco anos para o seu prazo em 2030.
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