Dois anos depois do ataque, as investigações na Alemanha, Dinamarca e Suécia não deram resultados, os seus detalhes permanecem sem revelação e “não informam a Rússia sobre a evolução do caso, atrasando o processo tanto quanto possível, para ocultar as provas”. Volodin lamentou em sua conta na rede social Telegram.

“Estas investigações não são confiáveis. Por trás das explosões do Nord Stream estão Washington e o próprio Biden. Era do interesse deles privar a Europa Ocidental do gás barato da Rússia e forçá-la a comprar gás a preços exorbitantes nos Estados Unidos”, disse ele.

A nação mais afetada pela sabotagem, segundo Volodin, é a Alemanha com “uma economia em recessão, a queda do Produto Interno Bruto, o modelo produtivo no terreno, o corte na produção industrial e as falências nos níveis mais elevados da última década”.

Hoje, acrescentou, o gás é 84% mais caro para os alemães que pagam desta forma pelo ataque contra o Nord Stream.

O presidente da Câmara dos Deputados apelou que se “leve à justiça os mandantes e autores materiais da sabotagem contra o Nord Stream”, crime que segundo ele não prescreve.

Em 26 de setembro de 2022, três das quatro linhas do Nord Stream 1 e 2 foram alvo de sabotagem com cargas explosivas no fundo do Mar Báltico, perto de uma ilha dinamarquesa e ao longo da costa sueca.

A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia recusaram-se a investigar a sabotagem em conjunto com a Rússia e a partilhar com ela os resultados das suas investigações.

De acordo com uma investigação da revista alemã Der Spiegel, a operação de explosão dos gasodutos foi levada a cabo por um grupo de mergulhadores civis ucranianos e foi dirigida e planejada pelo antigo agente dos serviços especiais ucranianos Roman Chervinsky.

Uma investigação jornalística levada a cabo pelo comunicador norte-americano Seymour Hersh, vencedor do Prémio Pulitzer, revelou que mergulhadores militares dos Estados Unidos colocaram as cargas explosivas em junho de 2022, durante os exercícios Baltops da OTAN.

Citando fontes com conhecimento direto do planeamento operacional dos ataques, Hersh acusou os militares noruegueses de ativarem os explosivos três meses depois, causando graves danos aos oleodutos que ligam a Rússia à Alemanha, no fundo do Mar Báltico.

Hersh sublinhou que o presidente dos EUA aprovou a sabotagem após mais de nove meses de discussões secretas com a sua equipa de segurança nacional.

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