O elevado nível de adesão da medida de força mostra que os funcionários perdem o medo da pressão, da violência e das ameaças e estão determinados a lutar em defesa dos seus salários e empregos, afirmou o secretário-geral daquela organização, Rodolfo Aguiar.
Além disso, denunciou que um protocolo anti-protesto implementado pelo Ministério da Segurança é inconstitucional e ilegítimo.
“Temos que enfrentar para não naturalizar a repressão aos aposentados e aos que decidem se manifestar. A democracia está severamente restringida no nosso país. Após o término da greve, convocaremos uma nova reunião da nossa liderança nacional para avaliar a continuidade do plano de ação”, acrescentou.
Durante este dia, haverá paralisação dos trabalhos, afastamentos das empresas a partir do meio-dia e uma festa popular em frente à Casa Rosada, enquanto cada uma das províncias definirá a modalidade das manifestações nos seus territórios.
Segundo a ATE, os hospitais funcionam apenas com guardas mínimas e as organizações essenciais apenas atendem emergências. Outros serviços como recolha de lixo, varrição de ruas, porteiros escolares, auxiliares de educação e manutenção de espaços verdes também são afetados.
Além disso, ocorrerão bloqueios de estradas e mobilizações em torno das casas do governo na maioria das províncias.
O sindicato denunciou que, nas horas anteriores, vários trabalhadores do Ministério da Justiça e de outras organizações começaram a receber telegramas e comunicações informais de demissões.
Segundo aquela organização, expiram no dia 30 os contratos de 65 mil pessoas, que tinham sido renovados por apenas três meses e o Governo prevê não prorrogá-los.
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