Selassie, falando em uma reunião de ministros das relações exteriores do grupo econômico, que também inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, nos bastidores da 79ª Assembleia Geral da ONU em Nova York, saudou o desejo de representação e voz iguais nos assuntos globais.
Enfatizou a necessidade de intensificar os esforços para mudar para um multilateralismo inclusivo e responsivo. Ele destacou que o escopo geográfico equitativo, o compartilhamento dos valores do Brics, a manutenção de relações cordiais com os Estados membros e o respeito à Carta da ONU devem orientar as relações entre os atuais membros e ampliar o escopo da parceria.
Acrescentou que esses princípios ajudarão a fortalecer o papel do grupo na formação de uma governança global reformada, mais justa e mais representativa.
O chefe da diplomacia etíope agradeceu ao Brasil por ter convocado a reunião e à Rússia, atual presidente do Brics, por seus esforços para forjar laços fortes entre os países membros.
Sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, ele considerou que os movimentos nessa direção deveriam dar prioridade especial à representação africana.
Esse esforço, acrescentou ele, contribui diretamente para tornar o Conselho de Segurança mais confiável, legítimo e capaz de responder aos desafios globais.
Além disso, ele explicou a posição de Adis Abeba de defender com veemência a implementação da Posição Comum Africana em toda a sua extensão, “já que não existe uma solução incompleta para a busca legítima da África de retificar a injustiça histórica cometida contra ela”.
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