O Ministro de Energia e Minas, António Congalves, garantiu que o Executivo continuará a acompanhar a situação energética em todo o país e espera-se que com a incorporação de mais energia térmica e renovável, o défict elétrico no território nacional seja mitigado, ele reiterou.

O responsável explicou este sábado que o racionamento poderá ser reduzido dentro do prazo previsto, após a melhoria das condições hidrológicas em centrais como Coca Codo Sinclair, onde “os recursos disponíveis serão aproveitados ao máximo para gerar energia”.

Entretanto, o presidente da Assembleia Nacional, Henry Kronfle, apelou às autoridades do setor elétrico para comparecerem esta semana perante o Executivo para “tomarem medidas para travar esta catástrofe”, disse num vídeo transmitido na sua rede social X.

“A inexperiência, incapacidade e improvisação deste Governo são os únicos responsáveis pela razão pela qual esta crise de apagão atingiu níveis nunca antes vistos”, reiterou Kronfle no seu discurso.

As declarações do chefe do Parlamento equatoriano foram registradas depois de o presidente Daniel Noboa ter enviado à Assembleia um projeto de lei económico urgente para aumentar a capacidade de geração nacional.

Com a sua proposta, Noboa pretende aumentar a geração do setor privado de 10 megawatts (MW) para 100 MW.

O presidente relembrou em sua rede social X que em janeiro passado apresentou ao Legislativo a Lei de Competitividade Energética, mas naquela ocasião “a Assembleia colocou um teto de 10 MW para o setor privado”.

Aliás, a delegação de algumas funções na área da energia ao sector privado foi um dos temas que centrou o primeiro debate daquele projecto de lei, em Janeiro passado.

Os parlamentares Blasco Luna e Viviana Veloz, da Revolução Cidadã (RC), comentaram então que a iniciativa do Executivo não é a solução para acabar imediatamente com os apagões.

Entretanto, vários sindicatos desta nação sul-americana alertaram que as perdas económicas diárias para as indústrias e para a economia do país são de 95 milhões de dólares.

A crise energética no Equador se agravou em meados de abril, com interrupções de até 13 horas em alguns locais. Hoje, esta situação persiste no território nacional e segundo o Executivo, os cortes vão variar em função da entrada de água nos reservatórios.

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