Em uma sessão de emergência dos comitês conjuntos de relações exteriores e defesa da Câmara e do Senado, convocada no dia anterior, a complexa situação e as ações do governo italiano foram avaliadas diante do “risco de uma guerra em grande escala”, informou o site de notícias do canal de televisão Sky TG24 na quarta-feira.
A audiência parlamentar contou com a presença dos ministros italianos das Relações Exteriores e da Defesa, Antonio Tajani e Guido Crosetto, respectivamente, que concordaram que “o principal objetivo é a redução da escalada, começando com um cessar-fogo no Líbano e em Gaza” por parte de Israel.
“A abertura da frente libanesa e a intervenção direta do Irã aumentaram inevitavelmente o risco de um conflito regional em grande escala”, disse Tajani aos legisladores, acrescentando que “a escalada das últimas horas nos impele ainda mais a trabalhar pela paz e pelo diálogo”.
O ministro das Relações Exteriores da Itália disse que “ainda há uma chance de evitar uma guerra que envolva todo o Oriente Médio”, e é por isso que “apelamos para a responsabilidade de todos os atores regionais” e intensificamos os esforços diplomáticos com todos os países envolvidos, inclusive o Irã.
“Nunca escondemos nossa preocupação com a postura regional de Teerã, que tem um efeito desestabilizador em um contexto já muito precário. No entanto, acreditamos que, ainda mais neste momento, é importante manter um canal de diálogo com o Irã”, enfatizou Tajani.
Ambos os ministros expressaram a preocupação do governo com os cerca de 3.200 italianos atualmente no Líbano, a maioria deles com dupla cidadania, e, nesse sentido, as iniciativas para garantir sua segurança estão sendo avaliadas e eles estão convidados a deixar o Líbano com os voos comerciais disponíveis.
Também estamos “trabalhando para atender às suas solicitações por meio de maiores conexões, incluindo voos fretados e outras modalidades, que estamos examinando em conjunto com o Ministério da Defesa”, disse o ministro das Relações Exteriores.
Além disso, desde 1º de outubro, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni solicitou a criação de uma mesa redonda permanente na sede do governo, no Palazzo Chigi, para discutir a situação e avaliar as medidas necessárias.
Na primeira reunião, da qual participaram, além de Tajani e Crosetto, o subsecretário do governo encarregado de assuntos de segurança, Alfredo Mantovano, e o embaixador em Israel, Luca Ferrari, foi discutida a segurança dos soldados da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, entre outros assuntos.
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