A informação foi fornecida pelo pesquisador Eduardo Santana, que colaborou no livro ‘Interpretando a natureza para encontrar os desaparecidos: ciências biológicas, físicas e da terra aplicadas à detecção de enterros clandestinos’.
O volume foi coordenado pela Comissão de Busca de Pessoas de Jalisco, de acordo com o jornal La Jornada.
A Universidade de Guadalajara, o Centro de Pesquisa em Ciências da Informação Geoespacial do Conselho Nacional de Humanidades, Ciências e Tecnologias, a Universidade Politécnica da Área Metropolitana de Guadalajara, bem como as universidades de Oxford e Bristol participaram do texto.
De acordo com o pesquisador, as cerca de 1.400 sepulturas descobertas em Jalisco representam cerca de 70% do número total de sepulturas clandestinas localizadas no país.
Santana disse que “entre 60% e 80% das sepulturas encontradas se devem a informações fornecidas pelos coletivos. Em outras palavras, o coletivo pode não encontrar a sepultura em si, mas informa ao governo onde procurar”.
O acadêmico considerou que o livro procura “interpretar a natureza para encontrar os desaparecidos”, e acumula o conhecimento de cientistas que o aplicam à detecção de restos de esqueletos.
Além disso, o texto considera que as mães buscadoras promoveram a formação de coletivos de parentes de pessoas desaparecidas, como resultado da dor que sofrem e da frustração da indiferença das autoridades em todos os níveis de governo, disse o especialista.
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