O secretário-geral do Conusi, Marcos Andrade, também convidou as famílias, os jovens e todo o povo a se juntarem a esta mobilização que no dia 17 de outubro sairá do emblemático parque Belisario Porras até a Presidência da República, para fazer ouvir as pessoas suas demandas por justiça na saúde e nas pensões.
Andrade explicou que uma semana antes, na quarta-feira, 9 de outubro, levarão as suas propostas de reformas ao ente público e da sua sustentabilidade financeira às mesas temáticas montadas pelo Governo, mas se não forem ouvidos, levarão para as ruas novamente.
O dirigente sindical alertou em conferência de imprensa que os empresários privados, com os seus projectos actuais e com o apoio do Executivo, pretendem privatizar os serviços e receber grandes lucros do CSS, em detrimento de uma reforma digna.
Indicou ainda que organizações como o Colégio de Farmacêuticos e a Comissão Nacional de Negociação Médica indicaram que o sistema solidário é o caminho, além de aumentar os impostos ao Estado.
Anteriormente, o porta-voz da aliança Pueblo Unidos por la Vida denunciou que os movimentos populares se sentem hostilizados nas conversações que acontecem dentro do Palácio de las Garzas (sede do Executivo), além de não terem recebido as estatísticas necessárias para chegar às suas próprias conclusões.
De acordo com o calendário estabelecido pelo Executivo nestas reuniões (segundas e quartas-feiras) até 31 de outubro, serão recolhidas as iniciativas dos vários setores sociais para enfrentar a derrocada que marca o CSS e posteriormente apresentar um anteprojeto de Lei à Assembleia Nacional ( parlamento) em Novembro, após feriados nacionais relativos às reformas do CSS.
Entre os pontos da proposta da confederação dos trabalhadores, o atual modelo econômico deve ser alterado com ênfase na atividade produtiva, bem como a necessidade de o CSS alcançar sua autonomia, parar de se fragmentar e de não privatizar seus serviços e receitas.
Para Conusi, é também fundamental que as decisões finais sobre o complexo mundo da segurança social sejam adoptadas pelo povo através da realização de um referendo.
Sobre o novo diretor do CSS, o empresário Dino Mon, o líder do Conusi lembrou que em 2005 foi defensor da atual legislação 51 sobre o CSS, regulamento que o movimento popular chama de Lei da Morte, ao mesmo tempo em que menciona assessores como como Fernando Bustamante, ex-diretor adjunto do CSS.
Sobre as recentes declarações sobre esta questão do presidente do país, José Raúl Mulino, ao se declarar ditador se necessário para cuidar dos segurados, também alertou sobre as violações da Constituição no sentido de que quem manda é o povo.
Na véspera, o chefe de Estado, José Raúl Mulino, decidiu que não permitirá mais encerramentos de avenidas e bloqueios para exigir mudanças no CSS e anunciou que poderá ser organizada outra marcha, mas de doentes crónicos, os mais afectados. pela demora cirúrgica e pela falta de medicamentos, dos quais ele participaria pessoalmente.
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